Campinas - Alegria,
sorrisos e muita descontração marcaram o evento de premiação do projeto MPT na
Escola, que aconteceu na última sexta-feira (25), no auditório da sede do MPT
Campinas. Os alunos de escolas públicas que tiveram seus trabalhos eleitos como
os melhores da região de Campinas receberam medalhas, troféus e tablets como
prêmio. As professoras que orientaram os trabalhos vencedores e os coordenadores
do projeto nos Municípios também foram presenteados com um tablet cada um.
Ao longo de todo
o ano de 2016 as escolas de 11 Municípios da região de Campinas (Americana, Atibaia,
Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itu, Limeira, Mogi Guaçu, Piracicaba, Santa
Bárbara D´Oeste e Sumaré) incluíram em sua grade curricular atividades voltadas
à conscientização dos estudantes acerca dos males causados pelo trabalho
infantil, inserindo o tema também em eventos e datas especiais, e nos encontros
de pais e mestres. O MPT na Escola está presente em todo o país, a partir de
uma iniciativa do MPT no Ceará, que acontece desde 2008. Os educadores municipais
receberam material didático e orientações para desenvolver a temática dentro das
salas de aula.
O evento de
premiação teve início com a apresentação da companhia de teatro Repara Mundo,
com a peça “A pequena vendedora de fósforos”, que abordou de forma lúdica a
importância da família, do brincar e do estudar. Em seguida, representantes do
núcleo educacional do Hospital do Câncer de Barretos apresentaram a plataforma “Crianças
como Parceiras”, uma ferramenta gratuita que será disponibilizada às escolas
públicas com o objetivo de ensinar os meios de prevenção de doenças por meio de
um estilo de vida saudável. O sistema, já disponível na rede de ensino da
cidade de Barretos, se utiliza de brincadeiras e jogos para educar sobre
práticas positivas, tais como atividades físicas, proteção solar, alimentação,
saúde bucal, autocuidado e dicas ambientais. A plataforma foi desenvolvida a
partir de verba de acordo judicial firmado nos autos de uma ação do MPT
Campinas. Após a apresentação, as crianças puderam usar o aplicativo a partir
de terminais de computador posicionados nos fundos do auditório.
Trabalhos – Cada vencedor
teve a oportunidade de apresentar o seu trabalho no palco do evento, começando
pela categoria “música”. Os alunos Maria Vitória Lima dos Santos, Jefferson dos
Santos Pinto, Maria Luiza Ap. M. de Oliveira Silva, Alison Brito Ribeiro e
Giovana Garbin de Sousa de Ramos, do colégio EMEF Eva Cordula Hauer Vallejo, de
Atibaia, colocaram os seus instrumentos musicais e as suas vozes a serviço da
arte, tocando a composição “viver, educar e estudar”. As crianças arrancaram
aplausos acalorados da plateia.
Em seguida, a
estudante Mariana Beatriz Constantino, de Mogi Guaçu, leu a peça premiada na
categoria “conto”, cujo título é “brincar, estudar e sonhar”, com bastante tranquilidade
e desenvoltura. O aluno da EMEF Maria José Cintra dos Santos de Atibaia, Igor
Henrique José de Jesus, também foi à frente para ler, de forma tímida e
intimista, a poesia vencedora, de sua autoria, chamada “criança não pode
trabalhar”. O telão do auditório projetou o “making of” da atividade ganhadora
na categoria “pintura”, mostrando um vídeo de todo o processo criativo por trás
da tela “infância no encontro de realidades”, produzida pela aluna do EMEIF
Rosiris Maria Andreucci Stopa, Pérola Rafaela Barbosa Cardoso. Para finalizar,
a plateia pode assistir na íntegra o trabalho vencedor da categoria “curta
metragem”, dos alunos da EMEF Adirce Cenedeze Caveanha, de Mogi Guaçu, Emily
Nicoly da Silva R. Conti, Gabriel Bongartiner de Souza, Luana Benedy Fernandes
e Endrew Ricceto de Sousa.
Os prêmios foram
entregues por um grupo de procuradores que acompanhou o evento. Ao final da
premiação, a procuradora Marcela Monteiro Dória, coordenadora regional da
Coordinfância na 15ª Região, mostrou-se feliz e grata pela participação de
todos os Municípios no projeto, ressaltando a importância da conscientização gerada
pelo MPT na Escola, no sentido de garantir um futuro melhor às crianças, longe
do trabalho infantil, tornando-as multiplicadoras de práticas positivas. “Ano que vem tem mais”.